quinta-feira, 28 de abril de 2011

bicicleta ecologica

Bicicletas mais ecológicas são feitas de bambu e fibra de maconha
Fibra de carbono e alumínio são coisas do passado. A bicicleta do momento é feita de bambu e fibra de maconha. Uma nova geração de fabricantes estão apresentando o meio de transporte mais ecológico do momento. Além de serem mais leves, fortes e confortáveis, essas bicicletas também deixam uma pegada de carbono muito menor

Craig Calfree é conhecido como o mestre zen dos fabricantes de bicicletas de bambu. Em sua oficina na costa da Califórnia, a apenas alguns metros das agitadas ondas do oceano Pacífico, o desiner de quadros de bicicleta constrói bicicletas de tirar o fôlego feitas dessa planta que cresce tão rápido, o maior membro da família da gramíneas. Reportagem de Andrea Reidl, no Der Spiegel.
No entanto, o americano, que ficou conhecido por fazer bicicletas a partir de material vegetal, tem alguns concorrentes. O número de especialistas que fazem bicicletas a partir de matérias-primas recicláveis está crescendo. Brano Meres, um engenheiro eslovaco, e o ciclista profissional californiano Nick Frey estão entre eles. O engenheiro alemão Nicolas Meyer também está trabalhando nessa linha, mas não com bambu. Ao invés de usar esse material, ele construiu uma bicicleta para triatlo feita de fibra de maconha.
Mas Calfee é o mais experiente entre todos da nova geração. Antes de começar essa nova empreitada, ele já era conhecido há muito tempo por construir bicicletas de elite, foi um dos pioneiros no uso da fibra de carbono e fez modelos especiais para ciclistas como Greg LeMond, tricampeão da Volta da França. Em meados dos anos 1990, começou a procurar uma ideia que atraísse a atenção dos visitantes de uma feira de bicicletas. Mas ele queria algo mais do que apenas uma boa ideia. Ele queria alguma coisa que fizesse o público vir a seu estande e ficar hipnotizado.
Na verdade, foi seu cachorro quem lhe deu a ideia. O cão, fruto do cruzamento de pitbull e labrador, pegou um pedaço de bambu enquanto brincava. Quando o cão o soltou, Calfee pegou o bambu e percebeu que ele estava praticamente intacto. Um material incrível. Ele achou a ideia empolgante. Havia encontrado o que procurava: a bicicleta que estava construindo para a feira teria um quadro feito de bambu.
As bicicletas de bambu são muito mais macias
O bambu nasce em todos os continentes do planeta, incluindo a América do Norte, e assim Calfee utilizou um bambu californiano para o novo protótipo. O quadro era um pouco flexível demais mas cumpriu sua missão principal: chamar muita atenção.

Após a feira, Calfee voltou para sua oficina e começou a fazer experiências de verdade com o material. Por mais ecológico e resistente que seja, ele também tem suas falhas. Uma das maiores desvantagens era que ele rachava no meio com facilidade. Para resolver o problema, Calfee defumou o bambu e o temperou com calor. (Hoje em dia, a planta passa por um processo que dura quatro meses antes que possa ser utilizado.) Ele também envolveu as fibras de maconha e de bambu com resina epóxi e as utilizou para unir os tubos de bambu.
Cerca de cem quadros mais tarde, Calfee finalmente havia construído uma bicicleta em que confiava. Seu veredicto: o quadro feito de bambu absorve as vibrações muito melhor do que o de fibra de carbono. “As bicicletas de bambu proporcionam um pedalar mais suave”, afirma. Ele também descobriu que a bicicleta tem uma incrível resistência a impactos, é mais forte que a de fibra de carbono e menos sujeita a quebras. Esses resultados foram confirmados depois que os quadros foram testados no laboratório de testes de bicicletas EFBe na Alemanha. Mas toda essa resistência tem um preço – um quadro de mountain bike feito de bambu custa certa de US$ 2.700 (R$ 4.700).

quinta-feira, 14 de abril de 2011

a historia da bicicleta e seu criador

No período compreendido entre os séculos XV e XVI, foram desenvolvidos diversos veículos de duas e quatro rodas acionados por mecanismo composto de corrente, alavanca e outros dispositivos os quais por vezes traziam problemas ao seu usuário, pois frequentemente levavam a tombos sérios ou mesmo causando danos às roupas. Tais dispositivos eram cômicos, outros não seguiam os princípios básicos da física e a grande maioria deles era na realidade uma imitação um tanto extravasante de um mecanismo já existente, com raríssimas exceções.
Entretanto, a bicicleta teve seu nome inserido na história por volta do início de 1790, quando o conde Sivrac da França idealiza o celerífer, posteriormente denominado de celerífero, que era um veículo primitivo de duas rodas ligadas por uma ponte de madeira em forma de cavalo e acionado por impulso alternado dos pés sobre o chão, ou seja, na forma de solavancos. Curiosamente, apesar do incômodo e desconforto esse tipo de transporte era útil na época, para pequenas distâncias.
Por volta de 1816 o barão alemão Karl Friedrich Christian Ludwig Drais von Sauerbronn adaptou uma direção ao celerífero que passou a ser denominada de guidão. Junto com o primeiro guidão apareceu a draisiana, umas das primeiras bicicletas. Apesar desse novo equipamento, ainda assim era bastante incômodo e desconfortável manusear a draisiana.
Em abril de 1818, o próprio Barão Drais apresenta seu invento no parque de Luxemburgo, em Paris, e meses mais tarde faz o trajeto Beaune - Dijon, na França. Esse invento é mais parecido com a atual bicicleta, porém de forma dinâmica bem diferente e de material mais pesado, pois era feita com uma liga de antimônio, metal bem pesado.
Em 1840, o escocês Kirkpatrick Macmillan adapta ao eixo traseiro duas bielas ligadas por uma barra de ferro. Isto provocou o avanço da roda traseira, dando-lhe maior estabilidade e possibilidade de manuseio e manejo rápido. Com esse mecanismo a bicicleta ficou mais segura e estável, pois nas curvas evitava o antigo jogo do corpo para o lado oposto ao movimento a fim de manter estável o equilíbrio, já que o equipamento em si era bastante pesado.
No ano de 1855 o francês Ernest Michaux inventa o pedal, que foi instalado num veículo de duas rodas traseiras e uma dianteira. Os pedais eram ligados à roda dianteira, e o invento ficou conhecido como velocípede, palavra oriunda do latim velocidade + pé ou velocidade movida a pé. Alguns consideram-no a primeira bicicleta moderna, e na verdade ficou sendo chamado de triciclo posteriormente.
A prefeitura de Paris criou, em 1862, caminhos especiais nos parques para os velocípedes para não se misturarem com as charretes e carroças, dando assim origem às primeiras ciclovias, pois era comum alguns acidentes, rotineiramente os animais das charretes e carroças assustavam-se, causando sustos e ferimentos aos condutores. No mesmo ano, Pierre Lallement viu alguém andando com uma draisiana e teve a ideia de construir seu próprio veículo, mas com a adaptação de uma transmissão englobando um mecanismo de pedivela giratório e pedais fixados no cubo da roda dianteira. Ele então acabou criando a primeira bicicleta propriamente dita depois que mudou-se para Paris em 1863.